Voltaire

Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Disfarce para a violência e humilhação ou apenas brincadeiras?


Passar no vestibular, além de vários sentimentos, novidades e mudanças na vida do estudante, também implica passar por um ritual: o trote. Ele, além do primeiro contato entre veteranos (os alunos mais antigos das universidades), envolve uma polêmica há muito combatida nas universidades: o abuso da violência e da humilhação com os novos alunos (calouros ou bixos).

Não há como negar, em sua essência, desde sua origem, o trote ficou marcado como símbolo de violência e humilhação. O “ritual de passagem” da vida estudantil para a acadêmica (na universidade), começou na Europa, e acabou vindo para as instituições brasileiras, onde ganhou adaptações nacionais.

Raspar a cabeça dos calouros, sujá-los com tinta e fazê-los dançar ou andar de mãos dadas, parece ser inofensivo. E é, desde que seja opcional. Ou seja, o calouro só participa se quiser. Mas, infelizmente, essa não é a realidade. O que vemos é a participação compulsória desses jovens, que, acuados, temem represálias dos veteranos, caso se recusem a ser “trotados”. O álcool é constante nesses rituais, onde os bixos são forçados a ingerir cerveja, uísque, entre outras bebidas, até ficarem completamente bêbados.

O abuso da violência dos veteranos nos trotes (por simples “diversão” ou por castigo pela recusa do calouro a participar da “brincadeira”) já resultou (e ainda resulta) em casos chocantes noticiados pela imprensa no Brasil. Um dos mais graves aconteceu em 1999, quando o calouro de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) Edson Tsung Chi Hsueh morreu afogado na piscina da Universidade, durante a realização de um trote. As condições de sua morte ainda permanecem desconhecidas.

(autor desconhecido)

Nenhum comentário:

Postar um comentário